domingo, agosto 22, 2010

O Primogénito


Muita água correu desde a última vez que aqui postei. De tudo o que aconteceu o mais relevante foi o nascimento do meu filho. O Primogénito.
Passaram apenas 23 dias e já nada é como dantes. É como se me tivessem movido uma acção de despejo da vida que levava. Neste momento existe o antes e o pós 4 de Março de 2008, 13h18m.
Para quem não sabe ou anda distraído, fiquem sabendo que os humanos não são como as gazelas, ou seja, não se tornam independentes após 2 horas de vida (o que é uma pena). Durante longos meses tê de ser manuseados pelos pais de modo a satisfazer todas as suas necessidades. As únicas tarefas que executam sozinhos são as seguintes: Urinar; Defecar (o famoso cocó); Chorar (berros estridentes que parecem agulhas dentro da nossa cabeça); Piscar os olhos.
Para que os adultos tomem conta deles e os criem, estes seres vêm munidos com um poderosíssimo mecanismo de defesa - "A FOFICE". O facto de serem fofinhos impede os recém "papás" de fugirem para Itália, abrirem uma Pizzeria e viverem escondidos sob o sobrenome BALTAZINI!
É a partir no nascimento do Primogénito que nos tornamos numa espécie de súbditos de Sua Majestade. Nesse dia a nossa consciência aproxima-se de nós, dá-nos dois valentes estalos na cara e diz-nos: - Upa, upa,... levanta a peida do sofá que já nasceu El Rei D Pequenito e tu foste escolhido para ser Seu servo até ao fim dos teus dias.
Em suma é o dia mais feliz da nossa vida...


(Escrito em 27/03/2008)